O fórum é realizado anualmente para destacar a importância de medidas preventivas. Foto: Ascom/Cidasc
Para marcar o encerramento do Mês da Saúde Animal e Vegetal, celebrado em maio, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), promoveu na sexta-feira, 30, o VIII Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa. O evento foi realizado na Arena Multiuso Estêner Soratto, durante a Feira Agropecuária de Tubarão, e transmitido também pelo canal da Cidasc no Youtube.
A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, discursou na abertura, destacando a realização da oitava edição do fórum em um “momento emblemático, no qual o Brasil é reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação”. Ela ressaltou ainda que o resultado é “fruto de um trabalho técnico, apoiado por posicionamentos político-administrativos acertados e por uma cadeia produtiva coesa, assim como aconteceu na certificação alcançada há 18 anos por Santa Catarina”.
Santa Catarina foi o primeiro do Brasil a ser reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação, o que beneficiou toda a cadeia produtiva, principalmente a suinocultura. O status sanitário também foi decisivo para impulsionar as exportações de proteína animal, sendo que atualmente mais de 50% da carne suína exportada pelo país provém de Santa Catarina.
Mesmo com a doença erradicada, a Cidasc, que é o órgão oficial de defesa agropecuária do Estado, continua atenta. Além das medidas de controle no ingresso de animais, a prevenção é feita com a Vigilância Baseada em Risco, cujo funcionamento foi apresentado pelo médico-veterinário Diego
Torres Severo em sua palestra no fórum. Ele explicou que a vigilância ativa (ou seja, as atividades de fiscalização) é feita com base na probabilidade dos animais serem afetados pela febre aftosa, o que torna o trabalho mais eficiente ao proporcionar detecção precoce e adoção de medidas de mitigação quando necessário, reforçando a importância da comunicação do produtor rural no processo, pois ele é o primeiro “vigilante” na cadeia produtiva.
O médico veterinário destacou ainda o sistema de rastreabilidade que Santa Catarina implementou, identificando individualmente todos os bovinos e bubalinos. Este é mais um exemplo de pioneirismo da defesa agropecuária catarinense, que está preparada para este novo momento, em que todo o país é considerado livre de febre aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa).
A segunda palestra da tarde foi proferida pelo médico-veterinário Enori Barbieri, 1º vice-presidente de Secretaria da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), intitulada “Febre Aftosa: Impactos e Expectativas do Produtor Rural e do Mercado Internacional”. Enori trouxe um apanhado do histórico das exportações, que cresceram ano a ano com expansão aos mercados mais exigentes do mundo, além dos desafios que o Estado teve no passado. Também falou das perspectivas futuras que o restante do Brasil terá, pois o certificado de zona livre abre as portas para os mercados que Santa Catarina exporta, e da importância de termos outros diferenciais.
Antes da sessão de debate e perguntas, o professor da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) Leonardo Silva da Costa ministrou a palestra “Reconhecimento das Lesões e Diagnósticos Diferenciais da Febre Aftosa em Animais de Produção”. O professor tratou da enfermidade na prática, apresentando de forma didática dados e imagens da febre aftosa em animais suscetíveis (bovinos, ovinos, suínos e outras espécies), além dos métodos diagnósticos disponíveis para detecção da doença.
Para o gestor do Departamento Regional de Tubarão, Henrique da Silva Correa, o conteúdo das palestras contribui diretamente para o aprimoramento da capacidade técnica dos profissionais na identificação e vigilância da doença “Esse tipo de abordagem também fortalece o elo entre a academia e o serviço veterinário oficial”, pontua o gestor ao avaliar a contribuição do fórum para o setor produtivo.
O VIII Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa foi uma realização da Cidasc, com apoio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR), Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e Associação dos Pecuaristas de Tubarão e Região.
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