Foto: Natália Lisboa/ Ascom SAS
O Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família, reuniu nesta sexta-feira, 5, caciques da Terra Indígena Laklãnõ, na Câmara de Vereadores de José Boiteux, para apresentar as ações do Estado que estão sendo realizadas na região, especialmente as que dizem respeito à Barragem Norte.
No evento, que contou com a participação do Ministério Público Federal, os indígenas foram atualizados sobre cada etapa de todos os pontos que fazem parte do acordo firmado com o Governo do Estado que inclui a construção de uma ponte e elevação de outra, construção de uma escola, campo de futebol, duas igrejas, melhorias nas estradas, entre outras melhorias.
Ao todo o Governo de Santa Catarina vai investir cerca de R$ 8 milhões em obras para a comunidade indígena que vão beneficiar mais de mil famílias. “Foi um dia muito produtivo para trazer para a comunidade indígena e para o Ministério Público Federal todas as ações que estamos fazendo, além de fazer uma aproximação com a comunidade indígena. Temos que ter essa parceria com eles e buscar o desenvolvimento”, disse a secretária da SAS, Maria Helena Zimmermann.
Também participaram da reunião representantes da Funai e o presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão de Santa Catarina (Epagri), Dirceu Leite, que apresentou aos indígenas o trabalho que eles podem fazer na Terra Laklanõ para auxiliar a agricultura de subsistência nas aldeias e melhorias na sua qualidade de vida. “Estamos também ouvindo todas as demandas, solicitações para construirmos juntos um plano de trabalho para melhorar a qualidade de vida deles”, afirma Dirceu.
Ao falar sobre as dificuldades para operação da Barragem Norte, Maria Helena diz que a solução desse impasse é uma das prioridades do governador Jorginho Mello. “É um problema de muitos anos e nenhum governo resolveu, mas o nosso governador Jorginho Mello está fazendo as execuções, determinações legais. Estamos absorvendo isso com muita responsabilidade e muito respeito”, finaliza.
Outras reuniões devem ser realizadas em breve para voltar a discutir o assunto.
Famílias cobram reparação desde a década de 70
A Barragem Norte, começou a ser construída em 1972 para conter enchentes nas cidade do Médio Vale e trouxe impactos para famílias de José Boiteux, Vitor Meireles, Dr. Pedrinho e Itaiópolis, já que o reservatório atingiu terras habitadas pelos indígenas desde a década de 40, por isso as famílias cobram a reparação de danos.
Em janeiro do ano passado, assim que assumiu o governo, Jorginho Mello determinou agilidade na questão e desde então equipes da Defesa Civil, Assistência Social e outras secretarias estiveram em todas as aldeias da região para avaliar a situação e ouvir os indígenas sobre suas principais necessidades. Diversos processos licitatórios já foram iniciados.
A secretária da SAS lembra que a intenção é sempre garantir os direitos da comunidade indígena preservando sua história e cultura. “Entendemos a luta dos povos indígenas, mas estamos trabalhando para que esse impasse seja finalmente solucionado”, pontua.
Mais informações:
Jornalista: Helena Marquardt (Assessoria de Comunicação)
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