O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), em pronunciamento na terça-feira (10), voltou a cobrar ações do governo federal para enfrentar a crise financeira dos agricultores do Rio Grande do Sul. Ele lembrou que o setor sofreu cinco eventos climáticos extremos desde 2020, incluindo quatro estiagens e uma enchente, com prejuízo estimado em R$ 150 bilhões.
— O estado está se atrasando quando cresce menos que o Brasil, em função dessas perdas que os agricultores tiveram. Os prefeitos perderam também. Todo o setor do comércio e da indústria e os produtores estão perdendo esses recursos — disse.
O senador destacou a mobilização de milhares de produtores que protestaram nas estradas no fim de maio. Ele defendeu a aplicação imediata da resolução do Banco Central que autoriza a renegociação de dívidas de custeio em até três anos. Heinze pediu que todos os bancos (incluindo Banrisul, Sicredi e Sicoob) entrem no processo de prorrogação, ressaltando que muitos agricultores já estão inadimplentes. Ele também cobrou flexibilização dos bancos de fábrica, como John Deere e Massey Ferguson.
Heinze informou que está negociando com os Ministérios da Fazenda, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário um projeto de securitização com prazo de até 20 anos. A proposta envolve o uso de recursos do fundo do pré-sal e a emissão de títulos públicos. Além disso, defendeu a criação de uma linha de crédito específica para recuperação do solo e projetos de irrigação, com juros reduzidos e prazo de até dez anos. O senador relatou a marcação de quase 10 mil açudes em 64 municípios para captar água no inverno e usá-la na seca do verão.
— Precisamos dessas negociações e que o governo esteja atento e nos ajude. Os agricultores não podem esperar mais. Vamos acertar com o senador Renan [Calheiros], para que possamos agilizar o projeto dentro da Comissão de Assuntos Econômicos e, da mesma forma, continuarmos essa negociação com o governo federal e ajustarmos uma proposta factível, que não onere tanto os cofres públicos e possa ajudar milhares e milhares de pequenos, médios e grandes agricultores do Rio Grande do Sul — afirmou.
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