O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) criticou, em pronunciamento nesta segunda-feira (9), a falta de transparência na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e apontou o histórico de corrupção entre seus dirigentes. Segundo ele, cinco ex-presidentes da entidade foram presos ou afastados. Kajuru afirmou que a CBF funciona como uma “caixa-preta” e, para ele, é preciso criar mecanismos legais de controle.
— A Confederação Brasileira de Futebol é uma instituição peculiar. Dos presidentes que cumpriram os últimos mandatos, antes do que foi iniciado há duas semanas, cinco deles foram presos por corrupção ou afastados: Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo Del Nero, Rogério Caboclo e Ednaldo Rodrigues. A maioria absoluta é corrupta até na medula, na essência —declarou.
O senador citou o caso de Ednaldo Rodrigues, que teve suas duas eleições anuladas pela assembleia da CBF, mesmo após ter sido reeleito por aclamação em março. Para o lugar de Rodrigues, assumiu Samir Xaud, representante de Roraima, eleito com 103 de 141 votos possíveis. Kajuru observou que 21 entidades, entre clubes e federações, não participaram da votação, o que, para ele, pode indicar resistência ao novo comando.
Como resposta à situação, Kajuru protocolou o Projeto de Lei ( PL) 2.429/2025 , que estabelece medidas de fiscalizaçãoe controle sobre as entidades responsáveis pelo futebol brasileiro. A proposta obriga prestação de contas aos órgãos de controle, transparência nos contratos e auditorias regulares. Em caso de descumprimento, a entidade pode perder o acesso a verbas públicas e repasses de loterias federais.
O parlamentar também apresentou o PL 2.430/2025 , que reconhece a seleção brasileira como patrimônio cultural do país e propõe sua proteção pelo Ministério Público. O texto altera a Lei Pelé e busca garantir a integridade da seleção frente a interesses políticos e econômicos.
— Ambos os projetos foram originalmente apresentados nesta Casa pelo ex-senador paranaense Alvaro Dias. Eu me inspiro nele, que sempre batalhou pela defesa do patrimônio esportivo e cultural do Brasil. Foram arquivados, infelizmente, ao fim da última legislatura, mas, diante das novas circunstâncias, creio que chegou a hora de serem discutidos com as várias partes interessadas e aprovados com a contribuição de todos que no Parlamento se preocupam de fato com o nosso futebol. O torcedor brasileiro merece — afirmou.
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