A Comissão Temporária Interna em Comemoração aos 200 anos da Confederação do Equador aprovou nesta quarta-feira (28) dois requerimentos apresentados pela senadora Teresa Leitão (PT-PE). A reunião foi presidida pela vice-presidente do colegiado, senadora Jussara Lima (PSD-PI), que também apresentou o cronograma das próximas atividades da comissão, cujo encerramento está previsto para o mês de julho.
O primeiro requerimento (REQ 1/2025 - CTI200CONFEQ) trata da realização de audiência pública, no formato de seminário, marcada para o dia 1º de julho, às 15h, no Salão Negro do Congresso Nacional. O evento contará com a presença de pesquisadores especializados no tema da Confederação do Equador, como George Félix Cabral de Souza, André Heráclio do Rêgo, Josemir Camilo de Melo, Júlio Lima Verde Campos de Oliveira e Marcus Joaquim Maciel de Carvalho.
Na justificativa do pedido, a senadora Teresa destacou a importância do evento como oportunidade para aprofundar a reflexão crítica sobre os fundamentos, impactos e legado do movimento revolucionário de 1824.
“A presença dos pesquisadores proporcionará um espaço qualificado de exposição e intercâmbio de ideias, enriquecendo o debate público e fortalecendo o compromisso institucional com a valorização da história nacional”, afirmou.
Já o segundo (REQ 2/2025 - CTI200CONFEQ) prevê a concessão de certificados de reconhecimento a autoridades e instituições que contribuíram para a valorização da memória histórica da Confederação do Equador. A entrega será feita em sessão especial do Senado Federal no dia 7 de julho, às 10h. Entre os homenageados estão governadores do Nordeste, senadores integrantes da comissão, pesquisadores, universidades, entidades culturais e órgãos do Senado.
Segundo a senadora Teresa, a homenagem é uma forma de reconhecer o esforço coletivo de lideranças políticas, instituições de ensino, entidades culturais e equipes técnicas envolvidas nas atividades da comissão.
“A concessão desses certificados representa o reconhecimento formal da comissão ao empenho de diversos atores que ajudaram a lançar luz sobre os ideais, os conflitos e o legado da Confederação do Equador”, argumentou a autora do requerimento.
A senadora Jussara também anunciou que no mesmo dia da audiência, às 14h, será realizada a abertura solene da exposição iconográfica sobre a Confederação do Equador e o lançamento da coleção de publicações editadas pela comissão. Na sequência, será conhecida a segunda parte da série documental Uma Outra Independência, intitulada "Outras Terras Outras Gentes", produzida pela TV Senado.
A última reunião da comissão está marcada para o dia 9 de julho, às 14h, quando será apresentado o relatório final dos trabalhos.
A Confederação do Equador foi um movimento iniciado em 1824, no Nordeste, contra a monarquia de Dom Pedro I e em defesa da implantação de um regime republicano e federalista. O movimento eclodiu em 2 de julho de 1824, em Pernambuco, e se espalhou para as províncias vizinhas, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
A revolta foi reprimida pelas tropas imperiais, resultando na execução de 31 pessoas entre 1824 e 1825. Entre os condenados, estava Frei Joaquim do Amor Divino, conhecido como Frei Caneca, que se tornou um ícone revolucionário.
Vinícius Gonçalves, sob supervisão de Patrícia Oliveira
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