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Entregadores mantêm paralisação por melhores condições de trabalho

Entre as reivindicações estão uma taxa mínima de R$ 10 por corrida

01/04/2025 14h28
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
© Paulo Pinto/Agência Brasil
© Paulo Pinto/Agência Brasil

Entregadores que trabalham em plataformas digitais continuam mobilizados nesta terça-feira (1°) em diferentes cidades brasileiras contra a precarização e por melhores condições de trabalho. No Rio de Janeiro, participantes de uma manifestação na zona norte da cidade foram presos e autuados. Em São Paulo, lideranças do movimento foram recebidas para discussão de reivindicações na sede do iFood.

Ontem (31), a categoria circulou e realizou atos pela Grande São Paulo, inclusive em frente ao escritório do aplicativo iFood , reivindicando melhores condições de trabalho e remuneração justa.

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Entre as estratégias dos trabalhadores está tentar mobilizar estabelecimentos para que não abram pedidos por aplicativos.

O Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo (Sindimotosp) descreve que, "atualmente, os entregadores enfrentam longas horas de jornada de trabalho, recebem um valor de entrega que não é suficiente para uma razoável renda mensal nem para o pagamento de contas ou investimento em equipamentos de segurança" .

Além disso, "não possuem sequer condições mínimas de trabalho, sendo abandonados pelas empresas de app em caso de acidentes ou óbito”, disse o sindicato, em nota.

Reinvindicações dos entregadores:

  • Taxa mínima de R$ 10 por corridas de até 4 quilômetros (km);
  • Aumento do valor para R$ 2,50 por km;
  • Limitação das entregas com bicicletas a um raio máximo de 3 km;
  • Pagamento integral de taxa por cada um dos pedidos, mesmo em entregas agrupadas na mesma rota.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel SP) afirmou que a paralisação dos entregadores, chamada de Breque dos Apps, afetou significativamente bares e restaurantes na segunda-feira . Segundo levantamento da entidade, realizado com associados da capital paulista, empresários que operam unicamente com o aplicativo iFood tiveram queda de 100% nas entregas, durante a paralisação.

Aqueles que utilizam múltiplas plataformas sentiram um impacto menor, mas ainda expressivo, ressaltou a entidade, com queda no movimento de entregas estimada entre 70% e 80%, na comparação com uma segunda-feira comum. Já os estabelecimentos que contam com frota própria de entregadores registraram crescimento nas entregas, segundo a Abrasel SP, com aumento de até 50% na demanda .

O iFood disse, em nota, que segue monitorando as manifestações e trabalha para manter a operação. Segundo a empresa, atualmente, 60% dos pedidos intermediados pela plataforma são entregues pelos próprios restaurantes.

“Com o objetivo de ouvir os entregadores, o iFood confirma que se reuniu com nove representantes dos manifestantes na tarde de segunda-feira (31), no escritório da empresa em Osasco. Reafirmando sua abertura ao diálogo, foram discutidas as principais demandas apresentadas pelo movimento e ficou acordado que o iFood retornará com devolutivas para as lideranças”, disse a empresa.

Rio de Janeiro

Na capital fluminense, a polícia foi chamada para intervir em um protesto de entregadores na Tijuca, na zona norte da cidade, na segunda-feira. Segundo a Polícia Militar, alguns entregadores reclamaram que estavam sendo impedidos de trabalhar pelos manifestantes.

Pelo menos 13 pessoas foram encaminhadas à delegacia do bairro, de acordo com a Polícia Civil, das quais seis foram autuadas pelos crimes de associação criminosa e atentado contra a liberdade de trabalho, já que, de acordo com a polícia, eles ameaçaram e coagiram entregadores para que eles aderissem à paralisação.

Nesta terça-feira, os entregadores fizeram um buzinaço no bairro de Botafogo, na zona sul da cidade.

*Matéria em atualização.

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