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Projeto permite que crianças autistas tenham dois acompanhantes em eventos

Está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) um projeto que permite a crianças autistas ir a eventos culturais e esportivos com até doi...

03/10/2024 11h03
Por: Redação Fonte: Agência Senado
O senador Jader Barbalho é o autor desse projeto de lei - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
O senador Jader Barbalho é o autor desse projeto de lei - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) um projeto que permite a crianças autistas ir a eventos culturais e esportivos com até dois acompanhantes ( PL 3.452/2024 ). O autor desse projeto de lei é o senador Jader Barbalho (MDB-PA).

Ele lembra que a legislação brasileira atual permite que crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) participem de eventos culturais e esportivos com um acompanhante. Mas ressalta que isso pode ser insuficiente, "pois muitas vezes elas [as crianças autistas] têm forte conexão emocional tanto com o pai quanto com a mãe, ou outro responsável, e a presença de ambos os cuidadores, simultaneamente, é crucial para assegurar seu bem-estar durante eventos culturais e esportivos".

Jader ressalta que a sensação de segurança propiciada pelos acompanhantes pode reduzir significativamente o estresse e a ansiedade, prevenindo o desencadeamento de crises.

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"Em situações de sobrecarga sensorial ou emocional, a presença de dois cuidadores permite uma supervisão mais eficaz, em que um pode lidar diretamente com a criança, enquanto o outro administra aspectos logísticos, como interação com a equipe do evento ou busca de locais mais calmos", acrescenta ele.

Necessidade comprovada

Para isso, sua proposta acrescenta um item à Lei 12.764, de 2012 , para prever que, "no caso de necessidade comprovada", as crianças autistas poderão frequentar tais eventos com até dois acompanhantes. Essa lei instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

"A mudança não só beneficiará as crianças, mas também proporcionará tranquilidade para os pais e cuidadores, que poderão participar dessas experiências de maneira mais colaborativa e eficaz", argumenta Jader.

Vinícius Gonçalves, sob supervisão de Patrícia Oliveira

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