Em maio, o Rio Grande do Sul enfrentou um dos piores desastres naturais de sua história, com chuvas torrenciais que devastaram várias cidades, deixando um rastro de destruição e sofrimento para a população. Quatro meses após as enchentes, a recuperação ainda é um desafio para muitos municípios, que continuam lutando para restabelecer serviços essenciais. Durante este período, grande parte das unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) estiveram alagadas e até submersas, gerando uma demanda reprimida de pessoas que aguardam por atendimento médico, além de uma grande aflição para a população que já esperava.
Diante dessa situação, a SAS Brasil, organização social conhecida por seu trabalho em situações de emergência, decidiu ampliar suas ações na região e agora a organização convocou voluntários de todo o país, buscando ampliar a assistência à população afetada na segunda etapa da Missão Rio Grande do Sul.
O empresário goiano Lélio Vieira Carneiro Júnior, que está à frente da Fifi Rally Team, é mantenedor e apoiador de projetos da SAS Brasil e conta que a expectativa é que mais de mil pessoas e famílias sejam atendidas. “Estamos todos juntos nessa missão de reconstruir vidas e trazer esperança para quem tanto precisa. Cada ação conta e cada pessoa que ajuda faz a diferença. Queremos contribuir para transformar essa dura realidade.”, comenta ele. O projeto no RS iniciou no primeiro mês da tragédia, que se estruturou em ações de curto, médio e longo prazo.
Durante a tragédia, a organização social arrecadou alimentos, cobertores e produtos de higiene para os moradores, ofereceu atendimento de telessaúde em saúde mental a profissionais de saúde e à população, além do deslocamento de uma Unidade Móvel de Saúde - carreta itinerante equipada com consultório médico e odontológico - que atuou como ponto de apoio para Unidades Básicas de Saúde (UBS) afetadas, gerando 17 mil atendimentos em 90 dias.
Próxima etapa
Segundo informações que a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre passou diretamente para a organização da SAS Brasil, aproximadamente 600 crianças entre 0 a 16 anos aguardam por atendimento oftalmológico e outras 4 mil pessoas aguardam por consulta dermatológica, fator fundamental para definir as especialidades médicas de maior atenção nos mutirões de saúde.
Para a próxima etapa da ação, que seguirá de outubro em diante, a SAS Brasil estará atuando diretamente com a demanda reprimida do SUS e, para viabilizar o projeto, contará com a ajuda de voluntários de todo o país. Se inscreveram profissionais e estudantes da área da saúde, além de cidadãos engajados em promover bem-estar a transformação de pessoas em situações difíceis. São voluntários de estados como Minas Gerais (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Paraíba (PB), Goiás (GO) e Santa Catarina (SC).
A capital, Porto Alegre, será a primeira cidade a receber as ações, que acontecem nos dias 02, 03 e 04 de outubro, seguido de Canoas (RS) e Eldorado do Sul (RS) em datas a serem confirmadas. Além do apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre e do Sistema Único de Saúde (SUS), também cumprem essa missão junto à SAS Brasil as empresas: Sertões, La Roche Posay e L’Oréal, Mercadão dos óculos, Organon, Philips Foundation, Fifi Rally Team e BCJ, Roche Farma, Libert.
Mais sobre a SAS Brasil
Mais que uma instituição de saúde do terceiro setor, a SAS Brasil é uma startup social que tem como missão levar saúde especializada a quem não tem. Desde 2013, atua de forma itinerante em cidades carentes de acesso a médicos especialistas, resolvendo os problemas de saúde de ponta a ponta, da prevenção ao diagnóstico e tratamento, impactando diretamente as filas de espera do SUS. Já são mais de 200 mil pessoas beneficiadas em mais de 350 cidades de 24 estados brasileiros.
A partir de 2020, a SAS Brasil passou a atuar também com telessaúde, garantindo acesso a diversas especialidades para milhares de pessoas, e criou soluções premiadas, nacional e internacionalmente, como as cabines de teleatendimento e um novo projeto de exames ginecológicos à distância, como ultrassonografia e colposcopia.
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