A integração de critérios ESG (Environmental, Social and Governance) na avaliação de fornecedores é uma tendência que tem crescido nos últimos anos. De acordo com dados do Panorama ESG Brasil, cerca de 23% das empresas respondentes avaliam seus fornecedores utilizando critérios ambientais, sociais e de governança.
Segundo Daniel Eggers, consultor da VerdeSaber e Master em ESG, esse cenário tem sido impulsionado por demandas regulatórias, pressão dos consumidores por maior transparência e exigências do mercado financeiro, que privilegia negócios sustentáveis.
“Os fornecedores devem adotar práticas sustentáveis de forma progressiva, começando por ações simples, como gestão de resíduos, eficiência energética e práticas trabalhistas justas. Além disso, devem seguir normas como a ABNT PR 2030, buscar certificações ambientais e sociais e investir em governança transparente para fortalecer sua posição no mercado”, explica o especialista.
Eggers avalia que as empresas que incorporam esses critérios estão garantindo não apenas a conformidade com as regulações ambientais e sociais, mas também promovendo práticas comerciais éticas e transparentes.
“O futuro deste setor dependerá da adaptação aos critérios ESG. Empresas que se anteciparem terão vantagem competitiva, enquanto aquelas que resistirem podem perder mercado. A tendência é que a adoção dessa prática se torne um requisito obrigatório para participação em cadeias produtivas e financiamentos”, destaca.
Empresas que priorizam práticas laborais justas, diversidade e inclusão, e que apoiam as comunidades locais, também podem ser consideradas mais atraentes para grandes corporações que buscam um impacto positivo em sua cadeia de fornecimento. Ainda de acordo com o Panorama, cerca de 65% das empresas promovem a formação e a capacitação dos funcionários, e 61% estabelecem uma cultura de diversidade, equidade e inclusão.
Para Eggers, a adoção de boas práticas de governança assegura que os fornecedores operem de forma ética, com transparência e responsabilidade, evitando fraudes e corrupção.
“Os fornecedores que não adotarem estes critérios correm riscos como exclusão de grandes cadeias produtivas, dificuldade de acesso a crédito, menor atratividade para investidores e impactos negativos na reputação. Além disso, podem enfrentar sanções regulatórias e ter custos elevados com adequações tardias.”
O especialista afirma ainda que o ESG não é uma tendência passageira, mas “uma transformação estrutural nos negócios”. Para ele, fornecedores que enxergarem essa mudança como uma oportunidade estratégica estarão mais preparados para o futuro.
“A VerdeSaber, por exemplo, oferece ferramentas para pequenas empresas implementarem estes critérios de forma acessível”, finaliza.
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