Quarta, 04 de Dezembro de 2024
49 9 9111-4949
Dólar comercial R$ 6,04 0.03%
Euro R$ 6,35 +0.018%
Peso Argentino R$ 0,01 -0.548%
Bitcoin R$ 631.202,77 -0.19%
Bovespa 126.087,02 pontos -0.04%
Economia Negócios

Setor de saneamento tem inúmeros desafios a superar

O setor de saneamento para atingir a universalização dos serviços de saneamento no prazo fixado na lei necessita não só de recursos financeiros mas...

04/12/2024 14h14
Por: Redação Fonte: Agência Dino
Imagem usando ativos da Freepik.com
Imagem usando ativos da Freepik.com

Em 2022, 15,8% dos brasileiros viviam sem acesso à água potável e mais de 44,5% da população não possuía coleta de esgoto no Brasil, segundo o apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Cenário este que para atender ao exigido no Novo Marco Legal do Saneamento deve até 2033 evoluir de forma que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% à coleta e tratamento de esgoto.

De acordo com estudo publicado este ano pelo Instituto Trata Brasil, sobre os avanços do novo marco legal do saneamento básico, se mantida a evolução dos últimos 5 anos, ao final 2033 apenas 88% da população terá acesso ao abastecimento de água e 65% à rede de coleta e tratamento de esgotos.

Continua após a publicidade
Anúncio

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem papel importante no cumprimento das metas previstas no marco legal do saneamento básico, segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, “Temos uma responsabilidade de investimento de R$ 160 bilhões e 61 milhões já contratados. Esse é o tamanho da nossa carteira e o BNDES estará presente para alcançar essa meta para 62 milhões de brasileiros e brasileiras”, e afirma ainda que “o saneamento é um desafio para o país e não há saída fora a parceria criativa entre os setores público e privado. Nesse sentido, para ele, o Estado é fundamental não só na regulação, mas para alavancar o investimento”.

Segundo Paula Vivacqua, sócia da Vivacqua Advogados, que nos últimos três anos atuou exclusivamente no setor de saneamento, “os recursos provenientes do governo não são suficientes para atingir a universalização dos serviços de saneamento, por isso a legislação incentiva a entrada do capital privado por meio de Concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs), o que traz desafios e controvérsias, pois demanda uma harmonia entre rentabilidade econômico financeira e responsabilidade social”.

E continua a advogada, “o ingresso da iniciativa privada beneficia o setor com a abertura de vagas de trabalho, novas tecnologias e inovação como o monitoramento digital de perdas que contribui com a economia de água. Mas ainda existem barreiras a serem superadas como as questões tarifárias e a regulamentação fragmentada que só será superada quando o governo estabelecer uma regulamentação homogênea, a definição de políticas de transparência e sistemas de auditoria independentes eficientes e os municípios e estados detiverem capacidade para acompanhar e fiscalizar os contratos de forma a garantir a adequada prestação de serviços e cumprimento das metas contratuais”.

“Já a insegurança tarifária se dá não só em função da ausência de padronização ou transparência das regras mas também em detrimento da forma heterogênea de dispersão populacional e de renda no Brasil que leva a utilização do mecanismo conhecido como subsídios cruzados, onde o montante da tarifa arrecadada de uma área rentável serve para custear a tarifa de áreas deficitárias”, conclui Paula.

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Ele1 - Criar site de notícias