Extensionista da Epagri desenvolveu receitas de pães sem glúten e bolos de farinhas de batatas-doces (Fotos: Divulgação / Epagri)
Batatas-doces coloridas são bonitas e saudáveis. As roxas são fontes de antocianinas e compostos fenólicos, que agem na prevenção contra doenças como asma e colesterol elevado. Já as alaranjadas são ricas em carotenóides, nutrientes que atuam no combate aos radicais livres e estimulam o sistema imunológico.
Foi para encontrar maneiras de aproveitar os benefícios das batatas-doces coloridas e prolongar sua vida útil que profissionais da Epagri se uniram para transformar experimentalmente em farinhas comestíveis os tubérculos roxos e alaranjados. O engenheiro de alimentos Henrique Rett, que atua no Centro de Treinamento da Epagri em Joinville (Cetreville), foi o responsável pelo processamento.
No dia 30 de outubro a Epagri apresentou as farinhas coloridas aos membros da Cooperar, cooperativa de Itajaí que fornece alimentos para a merenda do município. Também participaram nutricionistas da prefeitura e agentes financeiros do Sicredi e Cresol.
Os participantes da oficina conheceram o processo de confecção das farinhas, que compreende lavação, descasque, fatiamento e centrifugação, pois as fatias ficam imersas em água para não ocorrer oxidação. Em seguida vem a secagem em estufa, e, por fim, a moagem.
Também foram apresentadas experiências da Embrapa com a confecção de farinhas usando engenhos de mandioca. Os participantes aprenderam ainda a fazer as farinhas em casa. As vantagens dos tubérculos coloridos para a saúde e a perspectiva de financiamento sem juros para aquisição de maquinário, por meio de política pública da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, foram outros temas abordados.
Para encerrar a atividade, a extensionista social da Epagri em Pomerode, Geisebel Cristine Patricio, preparou pães sem glúten e bolos, utilizando as farinhas coloridas. Segundo Antônio Henrique dos Santos, extensionista da Epagri em Itajaí e um dos organizadores da atividade, o público presente aprovou as receitas. “As nutricionistas [da prefeitura] demonstraram interesse em a cooperativa produzir estas farinhas para a merenda escolar ”, comemora o extensionista.
Antônio relata que as batatas-doces alaranjadas e roxas, transformadas em farinha, foram fornecidas por agricultores da Colônia Japonesa de Itajaí. O processamento da farinha aconteceu em julho, no Cetreville.
O extensionista da Epagri lembra que, além de belas e saudáveis , as farinhas de batata-doce podem agregar valor à essa cadeia produtiva, representando uma alternativa para comercialização e uma nova fonte de renda para as famílias agricultoras.
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