A rastreabilidade, com identificação individual de todo o rebanho bovino e bubalino, é uma das medidas de controle da sanidade animal que diferencia a pecuária catarinense. Foto: Ascom/Cidasc
Há 17 anos, Santa Catarina conquistava a certificação de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, emitida pela Organização Mundial de Saúde Animal, reconhecimento que abriu portas de muitos mercados no exterior para a cadeia de proteína de origem animal catarinense. A cada mês de maio, a Cidasc relembra este feito e a necessidade de manter as medidas sanitárias para impedir uma reintrodução da doença, promovendo o Fórum Catarinense de Prevenção de Febre Aftosa.
A sétima edição do evento será realizada no dia 27 de maio, das 9h às 12h, no auditório da Sede da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil em Florianópolis (Av. Governador Ivo Silveira, 2320 – Capoeiras), com transmissão simultânea pelo Youtube – @defesacivilsc ou https://www.youtube.com/channel/UCYfYM9ccjVTZmn4BG1fJENg . Os departamentos regionais da companhia organizarão salas de transmissão no interior do Estado, para que as comunidades locais tenham mais uma opção para interagir e assistir às apresentações via telão.
“A febre aftosa é uma doença cujo controle foi realizado durante anos por grandes profissionais aqui no nosso Estado, colocando Santa Catarina em posição de liderança em exportação de carnes”, afirma a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos. Ela destaca que o fórum é o momento de apresentar as ações de vigilância ativa em execução pela companhia e os aprimoramentos que estão em curso para que a carne catarinense mantenha seu status de excelência quando o assunto é sanidade animal.
O evento faz parte da última semana de atividades do Mês da Saúde Animal e Vegetal e é uma ação prevista no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA). Seu propósito é apresentar o tema à sociedade e às entidades representativas do setor produtivo catarinense, visando aprimorar as parcerias público-privadas e fortalecer as medidas de prevenção da febre aftosa, bem como amplificar o marco diferencial da agropecuária de Santa Catarina no mercado mundial.
Segundo o médico veterinário Ody Hess Gonçalves, da Coordenação Estadual de Vigilância para Febre Aftosa e Síndromes Vesiculares da Cidasc, promover o debate é uma forma de, após 30 anos sem registro de casos, não esquecermos o impacto negativo que a doença provoca. Ele salienta que as medidas de prevenção são contínuas.
“Uma importante ação neste sentido é o Programa de Vigilância Baseado em Risco (PVBR), que tem como um de seus objetivos aumentar o engajamento do produtor, estimulando a detecção precoce da doença a partir de notificações. Nesse trabalho conjunto com o Mapa e a Corb Science foram realizadas no último semestre mais de 3700 vistorias, promovendo o levantamento de informações sobre os padrões de biosseguridade dessas propriedades. A análise dos dados coletados a campo tornou possível identificar possíveis pontos de vulnerabilidade nos estabelecimentos rurais, além de embasar o desenvolvimento de estratégias eficazes para gestão dos riscos.”
O VII Fórum Catarinense de Prevenção da Febre Aftosa é essencial para médicos-veterinários e produtores, mas é aberto a toda a população. A manutenção do status de zona livre de febre aftosa tem repercussões sanitárias e econômicas de interesse de toda a população catarinense: a sanidade animal permitiu o desenvolvimento de toda uma cadeia produtiva que beneficia também quem vive nas zonas urbanas.
O Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), instituído pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), visa manter o status do país livre de febre aftosa e ampliar as zonas livres sem vacinação em todo o Brasil. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) considera o país livre da enfermidade (com ou sem vacina) desde 2018.
Santa Catarina foi durante 15 anos o único estado brasileiro reconhecido como zona livre sem vacinação e, em 2021, outros seis estados entraram para este grupo: Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Rondônia e partes do Mato Grosso e do Amazonas. No momento, todas as unidades da federação suspenderam a vacinação, buscando chegar ao status de zona livre sem vacinação nos próximos anos. A OMSA deve avaliar no próximo ano o pleito brasileiro de que todo o país seja reconhecido como livre da febre aftosa sem vacinação.
Toda a América do Sul vem passando por significativa e sustentável evolução da sua condição sanitária referente à febre aftosa. Hoje, 98% de toda região é livre da doença com ou sem vacinação, conforme preconizado no Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), do Panaftosa.
O evento do dia 27 de maio abordará os seguintes temas, com mediação do diretor de Defesa Agropecuária da Cidasc, Diego Torres Severo:
Mais informações:
Jornalista Denise De Rocchi
Assessoria de Comunicação
Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc)
(48) 3665 7037
e-mail: ascom@cidasc.sc.gov.br
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