Santa Catarina registra indicadores positivos como aumento da atividade econômica, elevação da produção industrial e das vendas do comércio, além de mercado de trabalho aquecido com geração recorde de empregos – Foto: Roberto Zacarias/Secom
O ano de 2024 foi marcado por indicadores positivos na economia de Santa Catarina, como a menor taxa de desocupação em 10 anos, de 2,8%, e o recorde de geração de empregos formais, com 140 mil vagas abertas entre janeiro e outubro. Além disso, Santa Catarina acumula aquecimento nos setores da indústria, comércio e serviços, com alta de 4,7% na atividade econômica .
A Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviço (Sicos) atuou em 2024 para ampliar e qualificar o diálogo com as empresas catarinenses. O foco foi a melhoria da competitividade, atração de investimentos e oferta de programas de incentivo e linhas de crédito.
“O resultado tem sido muito positivo. Estamos verificando que a confiança do empresário e do consumidor está alta, os setores estão crescendo e a economia está aquecida . Em 2024, Santa Catarina gerou muito emprego e renda. Isso é fruto do esforço dos empreendedores e trabalhadores, mas também do apoio do Governo do Estado para que nosso ambiente de negócios seja cada dia mais competitivo”, destacou o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck.
Durante o ano de 2024, a Secretaria participou de mais de 300 eventos, reuniões e encontros para ampliar e qualificar o diálogo com empresas catarinenses. O trabalho foi realizado em parceria com as entidades representativas do setor produtivo, como, por exemplo, associações empresariais, Fiesc, Fecomércio SC, FCDL SC, Facisc, Fampesc, Fetrancesc e Sebrae SC.
“Esses encontros são fundamentais para levarmos o apoio do governo do estado ao empreendedorismo. O estado precisa estar próximo do empresário e do setor produtivo. Por isso temos feito roteiros pelo Grande Oeste, Serra, Planalto Norte, região Sul, região Norte, Grande Florianópolis, e todo o Vale do Itajaí. Em 2025 vamos seguir na estrada dialogando e, principalmente, ouvindo nosso setor produtivo”, diz Dreveck.
Em 2024, o Conselho Deliberativo do Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec) aprovou a concessão de incentivo fiscal para mais de 30 projetos com investimento privado de mais de R$ 5 bilhões. Os investimentos são de diversas empresas industriais que estão expandindo ou se modernizando. Com isso, a previsão é gerar 4,5 mil novos empregos. O Prodec é um programa estratégico para atrair e incentivar investimentos em Santa Catarina.
Segundo dados da Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc), o estado registrou mais de 240 mil empresas no acumulado de 2024 – sendo 175 mil MEIs. O volume é o maior da história para um único ano e reflete os indicadores positivos da economia e o impulsionamento do empreendedorismo entre os catarinenses. O crescimento da participação de mulheres e jovens entre os sócios também foi destaque. Os principais setores entre as empresas abertas são de comércio, transporte, bem como serviços profissionais, demonstrando o aquecimento da economia catarinense.
Em dados preliminares de 2024, o programa Pronampe SC concedeu aproximadamente R$ 221 milhões por meio de 2 mil contratações de crédito. A liberação dos recursos com juros subsidiados garantiu quase 7 mil empregos. No mesmo sentido, o Pronampe Mulher, voltado a empresas com sócias mulheres, concedeu R$ 99 milhões em crédito por meio de 1,3 mil operações. Assim, cerca de 5,8 mil empregos foram garantidos.
Já o programa Juro Zero, voltado a Microempreendedores Individuais (MEIs), concedeu, em dados até outubro, R$ 100,7 milhões em crédito por meio de 20,9 mil operações. A oferta de microcrédito de até R$ 5 mil garante capital de giro e investimento para os pequenos negócios, facilitando a aquisição de bens e prestação de serviços.
O Sistema Nacional de Emprego em Santa Catarina (Sine SC) atendeu mais de 200 mil pessoas em suas 140 unidades espalhadas pelo estado. O órgão oferece serviços relacionados ao seguro-desemprego bem como encaminhamento de profissionais para vagas abertas. Desde janeiro, mais de 85 mil trabalhadores foram encaminhados para postos de trabalho divulgados pelo Sine. Além disso, com o mercado de trabalho aquecido, a oferta de vagas pelo Sine cresceu e bateu recorde, chegando a quase 11 mil vagas disponíveis.
A Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviço (Sicos) também integrou ações pela concorrência legal em Santa Catarina. A pasta auxiliou iniciativas do Procon, do Imetro-SC e do Conselho Estadual de Combate à Pirataria (Cecop SC). Os órgãos são responsáveis por fiscalizar, apurar bem como punir iniciativas ilegais que tragam prejuízo ao consumidor. O trabalho é fundamental para defender a lei e a concorrência legal entre empresas idôneas, consolidando o ambiente de negócios e, portanto, a correta arrecadação de tributos.
O governo de Santa Catarina, por meio da Sicos, liberou R$ 1,2 milhão para a economia solidária neste ano de 2024. O recurso é voltado para apoiar ações de economia popular e solidária em todas as regiões do estado. Assim, o apoio do governo estadual para associações, entidades e grupos de trabalhadores fomenta a geração de emprego e de renda.
Em outra frente, a Sicos fomentou o trabalho de artesãos catarinenses por meio de realização de feiras, eventos, premiações, por exemplo, entre outras iniciativas. Nesse sentido, o trabalho de apoio aos artesãos gerou mais de R$ 300 mil em movimentação econômica para Santa Catarina.
Em 2024, a Sicos avançou com o Programa Energia Boa. O programa, em parceria com a Celesc e outros órgãos de governo, prevê a construção de subestações e novas linhas de transmissão para integrar Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) à rede de energia elétrica. Estão previstos, portanto, investimentos de R$ 572 milhões para os próximos anos.
Em outra frente, a Secretaria avançou com a Política Estadual de Apoio às Cooperativas de Energia Elétrica (Peacesc). A iniciativa concede benefício fiscal às cooperativas de energia elétrica que realizarem investimentos na rede elétrica. Na prática, as cooperativas abatem o investimento em desconto de ICMS. Como contrapartida, o estado ganha em eficiência energética, oferta de energia trifásica, bem como melhoria na distribuição.